Como proteger o seu patrimônio
A qualidade do ambiente educacional é preocupação constante das instituições, sobretudo, no que diz respeito a disposição dos ambientes face às suas funções e usos.
Essa disposição visa ordenar e organizar espaços, considerando seu contexto mais amplo e dinâmico, devendo ser adaptável às diferentes circunstâncias e realidades sócio-culturais.
Assim toda intervenção feita num prédio institucional deve ser submetido a uma apreciação técnica, para obtenção do melhor resultado.
O patrimônio de uma instituição engloba vários bens, entre eles, os bens imóveis, ou seja:
O terreno onde o colégio está construído, os prédios, as edificações ou construções que existam no terreno e pertencem a congregação religiosa.
Também considera-se patrimônio as áreas externas, o jardim, a horta, o bosque, pois, além de serem a “moldura” da área construída, criam um ambiente agradável à comunidade e podem ter função social, pedagógica e ambiental.
Por ser uma extensão do prédio, sua manutenção é tão importante quanto da área construída.
A manutenção não visa consertar, nem antecipar alguma falha, mas atuar de forma a evitar que elas ocorram, em observância ao que foi projetado e à vida útil do prédio.
Os programas de manutenção podem ser classificados de três formas distintas:
- conforme a complexidade dos serviços,
- as características da edificação,
- instalação e equipamentos,
- e a finalidade da manutenção.
Alguns serviços de manutenção podem ser programados a curto prazo (diária, semanal e mensalmente), por equipe própria.
Uma edificação precisa prever serviços de ajardinamento, limpeza geral, remoção de resíduos e tarefas correlatas.
Cabe ressaltar que alguns serviços de manutenção exigem conhecimento especializado e/ou de engenharia, devendo ser conduzidos por profissional devidamente habilitado e qualificado para a execução dos serviços.
Esse tipo de manutenção deve ser programada para ocorrer de médio a longo prazo, ou seja, trimestral, semestral e anualmente. Nessa modalidade de manutenção são verificadas as seguintes questões: coberturas, instalações elétricas, instalações hidráulicas, revestimentos, (pisos, paredes e forros), esquadrias, sistemas de prevenção de incêndio, estruturas, entre outros.
PRINCIPAIS CUIDADOS:
Conforme a Norma Brasileira NBR 5674, a manutenção consiste no “ato ou efeito de resguardar de danos, decadência, prejuízo e outros riscos, mediante verificação atenta do uso e condições de permanência das características técnicas e funcionais da edificação e das suas instalações e equipamentos”.
- Coberturas (telhados, calhas)
- Instalações elétricas
- Instalações hidráulicas
- Revestimentos (pisos, paredes e forros)
- Recuperação de fachada (pintura) e manutenção de esquadrias
- Regularização de obras: sistema de prevenção de incêndios e segurança
COBERTURAS (TELHADOS, CALHAS)
- Limpar, periodicamente, as calhas, retirando folhas, papéis e outros detritos;
- A limpeza de calha e condutores deverá ser cuidadosa a fim de não ser afetada a camada de impermeabilização;
- Não permitir que se joguem detritos ou qualquer elemento estranho nas calhas e condutores;
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
Em salas de aula, quadras esportivas, ginásios, refeitórios ou banheiros, um perigo nem sempre visível é a falta de manutenção ou inadequação das instalações elétricas.
Áreas com maior proximidade entre água e eletricidade, como cozinhas e lanchonetes, são locais de grande risco.
A água ou umidade, sempre presentes nesses ambientes, aumenta a probabilidade de choque elétrico. O uso de extensões requer muito cuidado, pois elas também podem gerar sobreaquecimento da fiação.
- A instalação mal feita pode causar riscos e problemas desde o consumo exagerado de energia até o curto circuito no sistema, ocasionado pela fuga de corrente elétrica. importante manter a instalação elétrica em condições adequadas de segurança.
- A vida útil da fiação costuma ser de 20 anos, mas justamente para evitar sobrecarregar tomadas por causa dos avanços tecnológicos, a dica é revisar toda a rede a cada cinco anos.
- Luzes piscando quando dois equipamentos são ligados ao mesmo tempo é outro sinal de que os sistemas da instalação elétrica não estão bem divididos ou precisam ser segmentados ainda mais.
- Da mesma forma, quando você leva um pequeno choque ao tocar algum equipamento é um indicador de que o aterramento do prédio está com problemas. Importante a instalação do Dispositivo Diferencial Residual, ou DDR, que são interruptores automáticos que desligam automaticamente a corrente elétrica em casos de insegurança.
- Não toque em fios sem saber se estão ligados à rede elétrica, muito menos se estiverem desencapados.
- Quando um fusível queima, não basta substitui-lo, procure identificar a causa e, após solucionar o problema, substitua-o por outro de igual capacidade ou rearme o disjuntor. Nunca coloque arames ou moedas no lugar de fusíveis.
- Nunca troque disjuntores por outros de maior capacidade para evitar quedas. Assim como eles, os fios de eletricidade têm espessuras específicas para suportar determinadas cargas elétricas.
- Se você anda sentindo cheiro de fumaça e de cabo derretido, procure ajuda imediatamente, pois este é o sinal mais grave que a rede elétrica pode dar.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS
Na hora de mexer nas instalações hidráulicas antigas, é fundamental que a avaliação seja feita por um engenheiro, projetista ou arquiteto, profissional que irá fazer um relatório detalhado da situação da instalação e recomendar as alterações necessárias para o bom funcionamento e eficiência do sistema hidráulico.
- Cuidados com as instalações hidráulicas prediais, no que se refere aos segmentos: água fria, água quente e esgoto sanitário.
- Um indício de que a tubulação precisa ser substituída é a presença de ferrugem na água. Além da alteração na coloração da água, instalações hidráulicas antigas podem ser prejudiciais à construção, pois, geralmente, são de tubos e conexões de aço ou ferro fundido. Com o passar do tempo, podem ocorrer vazamentos ou contaminação da água por ferrugem.
- Importante avaliação técnica da parte hidráulica sanitária com relatório que informe o estado das tubulações, com propostas das intervenções necessárias para solução dos problemas.
REVESTIMENTOS (PISOS, PAREDES E FORROS)
- Atenção as trincas nos pisos e paredes, deslocamento de argamassa.
- Azulejos ou pastilhas manchadas ou com peças soltas também são sinais de problemas para correção.
- Se o prédio apresentar nos forros tábuas empenadas, lascadas, soltas ou apodrecidas e sinais de cupim e carunchos deve-se providenciar ação de profissionais especializados.
- Verificar umidade e sua origem: se decorrer de vazamentos em tubulações, goteiras no telhado ou vazamentos de calhas a manutenção deverá ser realizada.
- Preste atenção nos muros e paredes: Fissuras, rachaduras, arames expostos r tubos enferrujados são sinais que merecem avaliação e providências.
RECUPERAÇÃO DE FACHADA (PINTURA) E MANUTENÇÃO DE ESQUADRIAS
Fique atento:
- Quando aparecer manchas de bolor em prédios recém-construídos.
- Mancha de umidade que sobe pelas paredes, buracos e depressões em massa corrida.
- Pintura desfeita ou descascada.
- Esquadrias empenadas ou enferrujadas por falta de lubrificação.
- Folhas descoladas e empenadas.
- Rachaduras, lascas ou diferenças na coloração
REGULARIZAÇÃO DE OBRAS
É necessário verificar se o imóvel está em acordo com as especificações técnicas atuais, conforme decreto estadual nº 56.819/2011 do corpo de bombeiros.
Um imóvel não regularizado compromete a segurança contra incêndio e inviabiliza contratos de locação ou venda, regularização junto aos orgãos públicos na obtenção de licenças e documentos essenciais como Habite-se e da Vigilância Sanitária.
Etapas para regularização:
- Visita de um profissional habilitado
- Análise técnica das condições do imóvel
- Viabilização da reforma com toda descrição do que e como será realizado
- Emissão de laudos necessários por empresa especializada para apresentação aos órgãos competentes
EMPRESA QUE CUIDA DA SUSTENTABILIDADE PREDIAL
- Busque possibilidades de melhoria com a redução dos consumos de água e energia.
- Busque projetos que privilegiam a implantação de processos que garantam obras sustentáveis que maximizem os resultados e eficiência da edificação.